RELIGIOSIDADE NO PERÍODO COLONIAL DOS EUA
É
de notório que os EUA, obtiveram uma formação e desenvolvimento diferenciado
dos demais países americanos. Uma boa parte dessa diferenciação deve-se, a
presença e prática de pequenos grupos religiosos, que viram no novo mundo a
possibilidade de iniciar uma vida pautada pela religiosidade, e principalmente
com Liberdade de culto. Algumas características que podemos destacar desses grupos são:
A Ética Protestante: Uma concepção mais prática acerca do mundo, racional, dispostos a abrir mão das pompas e luxos em troca de uma vida mais simples.
A Insubordinação: Depois de se
rebelarem contra a Igreja Católica, os protestantes, muitas vezes, se rebelaram
contra eles mesmos, formando assim, diversos novos grupos reformadores, essas
lutas contribuíram para desenvolver nesse povo um espírito de resistência e
combatividade.
A vontade de fundar
um lar: A ideia de que a vida no novo mundo não seria passageira,
contribuiu para que as ações fossem pensadas, mesmo que de forma rústica, de forma a estruturar um futuro, e
não apenas para tirar proveito do agora.
Quando
falamos de grupos religiosos no período colonial dos EUA, nos referimos,
principalmente aos:
Quakers: Surgiram em
meados do século XVII. Queriam restaurar a fé cristã. Chamavam-se de Santos e Amigos da Verdade. Entraram para história como
"Sociedade Religiosa dos Amigos". Reagiram ao que consideravam abusos
da Igreja Anglicana da Inglaterra. Rejeitavam qualquer tipo de organização
clerical, e defendiam o encontro pessoal e direto, sem intermédios, com Deus. Perseguidos na Inglaterra por Carlos II, os Quakers emigraram em massa para os
EUA, onde, em 1681, criaram, sob a égide de William Penn, a colônia da
Pensilvânia. Em 1947, os comitês ingleses e americanos do Auxílio Quaker
Internacional receberam o Prêmio Nobel da Paz.
Puritanos: O sentido original
do termo “puritano” apontava para a purificação da igreja, na medida que os
puritanos queriam descartar os elementos arquitetônicos, litúrgicos e
cerimoniais que consideravam conflitantes com a simplicidade bíblica. Por
exemplo, eles objetavam contra o sinal da cruz no batismo e a genuflexão para
receber a Santa Ceia. Teve início no reinado de Elizabete I (1558). Carlos I
(1625-1649) intensificou a política de repressão contra os puritanos, o que
levou um grupo não-separatista a ir para Massachusetts em 1630. O movimento foi
calvinista quanto à teologia e presbiteriano ou congregacional quanto ao
governo eclesiástico.
Peregrinos: Chegaram a
ser considerados, por alguns, a ala mais calvinista do puritanismo inglês.
Também conhecidos como "os separatistas", pois diferente dos
Puritanos (reformadores) que pretendiam reformar a igreja da Inglaterra, os
Peregrinos queriam se separar e fundar sua própria igreja. No campo teológico,
pode-se dizer que, havia pouca diferença entre Peregrinos e Puritanos.
Rejeitavam a autoridade do Papa, os santos, a veneração das relíquias.
Embarcaram no navio Mayflower, com a intenção de desembarcar no litoral norte
da região que era então conhecida como Virgínia. Porém, o Mayflower foi
obrigado a mudar de curso durante a viagem, por causa de uma tempestade. Como
consequência, eles desembarcaram no que é atualmente o Massachusetts. Antes de
desembarcarem, os peregrinos escreveram o Mayflower Compact, um documento na
qual estes colonos davam a si próprios grandes poderes de auto-governo. Em 21
de dezembro de 1620, os colonos estabeleceram um assentamento permanente, onde
atualmente localiza-se a cidade de Plymouth.
Huguenotes: Grupo protestante que se tornou o centro das disputas
políticas e religiosas na França nos séc. XVI e XVII. Acreditavam
nos ensinamentos de João Calvino e eram membros da Igreja Reformada Francesa.
Os católicos franceses lhes deram esse nome, baseando-se provavelmente no de
Besançon Hugues, líder religioso suíço. Em 24 de agosto de 1572, foi ordenado o
chamado "massacre da Noite de São Bartolomeu". Nos dias seguintes
milhares de huguenotes foram assassinados. Quando Luís XIV revogou o
Edito de Nantes e declarou que o protestantismo era ilegal, milhares de
huguenotes fugiram da França buscando novos lares na Inglaterra, na Prússia, na
Holanda e nas Américas.
Como
se pode perceber, a maioria desses grupos eram dissidentes religiosos em seu
países. Alguns, como os Huguenotes, brigavam com os católicos na França, outros
como os Puritanos e Peregrinos, rivalizavam com os Anglicanos protestantes.
Fato é que a reforma protestante iniciada por Martinho Lutero abriu uma brecha
no sistema. Alguns quiseram levar essa reforma ao extremo, outros quiseram
incorporar elementos próprios a nova doutrina religiosa. Porém tudo isso ia contra o que
os monarcas queriam. Desafiar a igreja é desafiar seu chefe. Na Inglaterra esse
era o próprio rei ou rainha. Ainda, no contexto da América do Norte Colonial, houveram outros grupos religiosos, como os Menonitas, Amish, da Igreja
Reformada Holandesa, Batistas, inclusive anglicanos e católicos.
Palavras
para pesquisar: Reforma Protestante, Anabaptismo, Calvinismo, May Flower.
Abraços
galerë
Fontes:
<http://www.klickeducacao.com.br/enciclo/encicloverb/0,5977,POR-4870,00.html>
<http://historiacongregacional.blogspot.com.br/2008/10/os-peregrinos-e-suas-crenas.html>
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Per%C3%ADodo_colonial_dos_Estados_Unidos#Os_peregrinos>
<http://www.mackenzie.br/7058.html>
<https://sites.google.com/site/cristianismogenuino/varias-diferencas-do-cristianismo>
<http://pt.scribd.com/doc/53653784/80/As-treze-Colonias-Britanicas-na-America>
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Quaker>
Parabéns pela iniciativa!
ResponderExcluirO blog está muito bonito e com conteúdo bacana e de forma acessível. Excelente!
numa época de "history channel", de pseudo-programas de história, que de História pouco (ou nada?) têm... num tempo (e time is money!!) de abordagens midiáticas que reduzem uma ciência a estorietas de colecionadores aficionados, bem-vindos sejam e vicejem todos os espaços,como esse blog, que cultivam e divulgam História de verdade
ResponderExcluirMuito bom. De leitura fácil, dinâmica, acessível e fácil de entender. Siga nesse estilo e acredito que muitas pessoas, sobretudo, jovens, se interessarão pela história.
ResponderExcluirMuito Obrigado pessoal. Estou inciando nesse negócio de escrever para o público. A Helo já me deu um toque de fazer textos mais curtos. Vou procurar seguir essa dica. Se alguém tiver algum assunto que gostaria de ver exposto aqui é só dizer. A biblioteca da universidade é até que bem vasta de assuntos históricos.
ResponderExcluirAbraços
mutcho massa o brog man! pod crer!
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