A REVOLUÇÃO FRANCESA (parte 1)
O Terceiro Estado, carregando o Primeiro e o Segundo Estados, nas costas. |
A situação da França no século XVIII era de
extrema injustiça social. A nação vivia sob um sistema que hoje conhecemos como
Antigo Regime. A sociedade era dividida por estados. O Terceiro Estado era
formado pelos trabalhadores urbanos, camponeses e a pequena burguesia
comercial. Os impostos eram pagos somente por este segmento social com o
objetivo de manter os luxos da nobreza, que representava o Segundo Estado, e do
alto clero, ou seja, o Primeiro Estado.
A vida dos trabalhadores e camponeses era
de extrema miséria, portanto, desejavam melhorias na qualidade de vida e de
trabalho. A burguesia, mesmo tendo uma condição social melhor, desejava uma
participação política maior e mais liberdade econômica em seu trabalho. A
cobrança de impostos ficava sob a responsabilidade da Nobreza, que nem sempre
repassava os fundos da forma devida ao estado. As Guerras travadas pela França,
tinham levado a nação a uma profunda crise econômica.
Para piorar, em 1786, um acordo comercial
permite que a indústria inglesa sufoque a iniciante indústria francesa. Dois
anos depois, uma grande seca diminui drasticamente a produção de alimentos:
enquanto os camponeses passam fome, a miséria da plebe nas cidades se torna
absoluta. O descontentamento é geral e a situação está se tornando explosiva.
Na tentativa de resolver o problema, o rei
Luís XVI convocou a Assembleia dos Notáveis (nobreza e clero) propondo que
esses abdicassem de seus privilégios tributários passando a pagar impostos. Porém,
essas classes não estavam dispostas a abrir mão de seus privilégios e além de
recusar a proposta do Rei, começaram uma a revolta, que ficou conhecida como
Revolta Nobiliária ou Aristocrática.
Diante da recusa dos Notáveis, o rei
convoca, em abril de 1789, a Assembleia dos Estados Gerais, que, como o nome
deixa ver, inclui representantes do terceiro estado. O Rei abre a assembleia em
5 de maio de 1789.
O clero e a nobreza tentaram diversas
manobras para conter o ímpeto reformista do Terceiro Estado, cujos representantes
comparecem à Assembleia apresentando as reclamações do povo. Os deputados da
nobreza e do clero queriam que as eleições fossem por estado (clero, um voto;
nobreza, um voto; povo, um voto), pois assim, já que clero e a nobreza
comungavam os mesmos interesses, garantiriam seus privilégios.
O Terceiro Estado liderado pela burguesia
queria que a votação fosse individual, por deputado, porque, contando com votos
do baixo clero e da nobreza liberal, conseguiria reformar o sistema tributário
do reino.
Ante
a impossibilidade de conciliar tais interesses, Luís XVI tentou dissolver os
Estados Gerais, impedindo a entrada dos deputados na sala das sessões. Os
representantes do Terceiro Estado rebelaram-se e invadiram a sala do jogo da
péla (espécie de tênis em quadra coberta), em 15 de junho de 1789, e
transformaram-se na Assembléia Nacional, jurando só se separar após a votação
de uma constituição para a França (Juramento da Sala do Jogo da Péla).
Em 9 de julho de 1789, juntamente com
muitos deputados do baixo clero, os Estados Gerais auto proclamaram-se
Assembleia Nacional Constituinte.
A Queda da Bastilha |
No dia 14 de julho em Paris uma organização
militar popular toma a Bastilha (símbolo de poder da monarquia francesa). A
explosão revolucionária se espalha pela França inteira. Camponeses saqueiam os
bens da nobreza e invadem cartórios, queimando escrituras e documentos de
propriedade de terras, no que ficou conhecido como “O grande medo”. Em 4 de
agosto, a Assembleia Constituinte, para conter o movimento, abole de imediato
os velhos direitos feudais dos aristocratas sobre os camponeses.
A Liberdade Guiando o Povo |
A Revolução Francesa foi o movimento
iniciado em Maio de 1789, que uniu camponeses, trabalhadores urbanos, artesãos,
membros Burguesia, que na época era uma classe emergente, e rompeu com diversos
laços e instituições da época. Aboliu a monarquia e o sistema Feudal. Decapitou
o Rei e proclamou a Republica. Realizou diversas reformas, onde o Clero e a Alta
Nobreza perderam muitas de suas terras e privilégios. A França tornou-se uma República
“democrática” e suas ideias influenciaram todo o mundo.
Em
1794 uma revolução de escravos, sob a influência na Revolução Francesa, varre o
Haiti, então colônia da França. Assim o Haiti, tornou-se o primeiro país do
mundo a abolir a escravidão. A independência viria após muito luta, em 1804.
Em 1808, Napoleão Bonaparte invade Portugal
e força a família real portuguesa vir para o Brasil. Esse fator seria
determinante para a construção de nossa história.
Mas
esses são assuntos para outras postagens. =)
Fonte:
Textos tirados da internet, porém revisados.
Legal este artigo.
ResponderExcluirMe norteou para o trabalho de aula.