ETIÓPIA RASTAFARI?


RASTAFARI
Haile Salassie


O movimento Rastafari nasceu na Jamaica na década de 20, surgiu como reação às deploráveis condições sociais e econômicas dos descendentes de escravos africanos trazidos para a América durante o período colonial. O rastafarianismo emprega elementos como o monoteísmo, emprestados do judaísmo e do cristianismo, sendo que atualmente cerca de 1 milhão de pessoas no mundo se declaram rastas. 

O nome da religião vem de Ras Tafari Makonnen (1892-1975), que, entre 1916 e 1930, foi rei da Etiópia – na época, a única nação independente da África. Em 1930, ele foi proclamado imperador pela Igreja Etíope Ortodoxa Cristã e renomeado Hailé Selassié. Até hoje, Selassié é adorado como uma encarnação de Jah, destinado a levar o mundo a uma era de ouro. 




O movimento rastafári foi a maneira encontrada para devolver a autoestima e a crença espiritual de um povo massacrado pela desigualdade social”, explica o historiador Paulo Antunes, membro do Foco de Atividade de Cultura Alternativa, de São Paulo. Inicialmente um movimento local, ganhou o mundo, principalmente, pelo reggae de Bob Marley, que pregava o não-conformismo e tinha um forte engajamento social.

De acordo com Roger Steffens, um dos autores do livro “Reggae Scrapbook”, pesquisador e profundo conhecedor dos princípios rastafáris, “esse é um movimento que veio transcender religião, classe, cor. Os rastas têm a sua própria linguagem, acreditam que todo discurso deve ser feito de maneira positiva e construtiva. Tentam nunca usar ‘você’. Para eles, deve ser ‘eu e eu’, ‘eu e você’, ‘eu e Deus’, no qual todos somos um. Rasta for I”, explica.
Bandeira Rastafari
Discriminação é uma palavra que não existe para os rastas. O ideal de que somos todos irmãos se expressa também na bandeira do movimento. Diferentemente da jamaicana, que traz os tons verde, referindo-se à natureza; amarelo, ao sol; e preto, ao povo, a bandeira rasta substitui o negro pelo vermelho, cor que simboliza o sangue, presente em todos os seres humanos, sem distinção de cor, sexo, raça ou classe social.


O que os rastas são, sim, é diferentes. Talvez por sua aparência pouco convencional ou seu jeito alternativo de ver o mundo, muita gente ainda torce o nariz na presença de um deles. Mas, quando comparados a seguidores de outras crenças, é possível ver que tudo não passa de maneiras distintas de expressar a mesma coisa: pregar o bem e amar ao próximo.

Imagem relacionada
A repórter gloria maria em um ritual de arrazoamento
Eles seguem um modo de vida longe do capitalismo ocidental: se vestem à sua maneira, assim como alguns grupos evangélicos, não cortam os cabelos, por exemplo, os rastas também mantêm seus dreadlocks intocáveis. “É como o voto nazareno, que está na Bíblia e diz: ‘Não cortar os pelos'”, explica o historiador Paulo Antunes. “Esses canudos se formam porque os fios não são penteados e simbolizam a união com Jah e ainda uma vida justa e natural.” Os Rastafaris usam a Maconha para a iluminação da mente para que eles possam corretamente argumentar sobre as coisas do mundo. A Maconha é sempre usada de maneira cerimonial. Antes de fumar a Erva Sagrada o Rasta fara uma prece para Jah ou para Haile Selassie I. O Rasta chama este ritual de secção de arrazoamento onde eles fuma Maconha para Niubingui.



Fontes:
Mundo Estranho
MdeMulher

Rastafaribrasil

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